Estudos de custo-efetividade

Os estudos de custo-efetividade são uma ferramenta para calcular os custos e benefícios associados à adoção de uma nova tecnologia em saúde.

A medida central do estudo de custo-efetividade é geralmente calculada na equação de razão de custo-efetividade incremental (RCEI, ou ICER, do inglês incremental cost-effectiveness ratio). Para calcular o ICER, é preciso saber o custo incremental da nova tecnologia (custo da nova tecnologia - custo do tratamento padrão) e dividi-lo pelo benefício incremental (benefício da nova tecnologia - benefício do tratamento padrão).

QALY

Os benefícios são geralmente calculados em anos de vida ajustados por qualidade (QALY, do inglês quality-adjusted life-year), instrumento desenvolvido para tornar possível a comparação direta de desfechos entre diversas áreas da saúde.

O QALY é calculado multiplicando-se a qualidade de vida (onde 0 corresponde ao óbito e 1 a uma saúde "perfeita") pelo número de anos vividos com aquela qualidade de vida. Portanto, um ano vivido com qualidade de vida "perfeita" corresponde a 1 QALY. A medida de qualidade de vida é frequentemente chamada de "utilidade", motivo pelo qual este tipo de estudo pode ser chamado de "custo-utilidade".

Modelos econômicos

O uso de modelos econômicos é fundamental no cálculo dos benefícios e custos associados a uma nova tecnologia. Os modelos permitem a incorporação de diversos tipos de evidências (evidências de diferentes estudos clínicos e econômicos) e o cálculo de custos e benefícios por um longo período, frequentemente até o fim da vida dos pacientes.

Diversos tipos de modelos servem como ferramentas para os estudos de custo-efetividade, como:

Árvores de decisão;
Modelos de Markov;
Modelos do tipo Semi-Markov;
Modelos de sobrevida particionada;
Microssimulação;
Simulação de eventos discretos.

A escolha do tipo de modelo depende da natureza da condição clínica sendo estudada e do tipo de evidência disponível, devendo ser escolhida caso a caso.

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